terça-feira, 22 de maio de 2012

FOLHA INFORMATIVA Nº. 76


Defender e Consolidar a Portugalidade, pela Ética e pelos Valores

FOLHA INFORMATIVA Nº. 76 | AACDN

Folha Informativa n.º 75


PROTOCOLO ENTRE A AACDN E O GOVERNO REGIONAL DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA NOVA DELEGAÇÃO REGIONAL DA MADEIRA

A Associação de Auditores dos Cursos de Defesa Nacional e o Governo Regional da Região Autónoma da Madeira celebraram hoje, dia 16 de Maio de 2012, pelas 15h30, na Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos – Palácio do Governo, no Funchal, um protocolo que visa acordar a cooperação no desenvolvimento da consciência e cultura da Segurança e da Defesa na sociedade civil através da realização de actividades conjuntas baseadas na troca de experiências e fomentando iniciativas de interesse comum.

A AACDN esteve representada na assinatura deste protocolo pela sua Presidente da Direcção, Dra. Isabel Meirelles e pelo associado Senhor Carlos Rodrigues Santos.

Foi, também, criada a nova Delegação Regional da Madeira da AACDN que terá como Presidente do Conselho Directivo, o Dr. Eduardo Brazão de Castro.

Estiveram presentes, para além de vários Auditores da Madeira, muitas individualidades da Região Autónoma, nomeadamente o Senhor Secretário Regional da Educação e Recursos Humanos, Dr. Jaime Manuel Gonçalves de Freitas, o Senhor General Comandante Operacional da RAM, Capitão-de-Mar-e-Guerra Amaral Frazão, o Senhor Comandante do AM3, Coronel Telmo Reis, representantes do SEF e do SIS, bem como outras autoridades da Região Autónoma da Madeira e a presença em força da comunicação social da região.

Funchal, 16 de Maio de 2012



Carlos Rodrigues Santos

Associado n.º 1001/92


terça-feira, 15 de maio de 2012

FOLHA INFORMATIVA N.º 74

 
VISITA DA AACDN À EADS EM SEVILHA


No seguimento do amável convite feito pela ADALEDE, um grupo de cerca de vinte auditores da AACDN deslocou-se à Andaluzia para, nos arredores da velha cidade de Sevilha, visitar as modernas e importantes instalações da empresa aeroespacial “EADS”, vocacionada para a construção de aviões, helicópteros e veículos espaciais e que, de momento, está empenhada em manter-se como leader europeu não obstante a grande concorrência que tem encontrado por parte do gigante norte-americano “Boeing”.

Não obstante o imenso calor que se fazia sentir na capital da província espanhola, a visita desenrolou-se tendo tido a simpática companhia de um senhor general da Força Aérea de Espanha, auditor e sócio da ADALEDE, o que emprestou ao evento um significado muito especial pois o recente encontro no Porto de membros das duas associações ibéricas cimentou futuras realizações a vários níveis, assim haja vontade e disponibilidade dos futuros órgãos da nossa associação.

A EADS de Sevilha, o ramo civil da “Airbus” tem-se dedicado à construção de aviões de transporte, concretamente, o “CN-235”, o “C-295” (de que a FAP possui doze exemplares) e o famoso “A-400M”, que poderá ser o futuro avião de transporte estratégico/táctico de muitas forças aéreas do mundo, não obstante os constantes atrasos que se têm verificado na sua construção, o que fez disparar os preços para cerca de duzentos milhões de euros por cada aparelho. 

Esta empresa, que emprega pessoal de alta qualificação técnica, e oriundo de vários Estados europeus, dispõe de tecnologia de ponta e de instalações modelares que fazem de Espanha um importante núcleo da construção de aviões militares em todo o mundo.

Para lá da construção de aviões, a EADS dedica‐se, também, à modernização de aparelhos, uns destinados à Força Aérea espanhola e outros às formações aéreas de outros países, como acontece de momento com os “P-3B Orion” que o Brasil adquiriu aos EUA e que estão a ser transformados em Sevilha segundo os requisitos brasileiros.

Nota-se, como se disse anteriormente, uma grande preocupação com o programa “A‐400M” pois a sua não concretização ou a existência de mais atrasos levarão ao eventual cancelamento de encomendas ou mesmo ao desinteresse de clientes fora da área geográfica da Europa, o que aconteceu já com a África do Sul, Chile e Malásia. De momento, este espectacular avião de transporte, onde os auditores portugueses se deixaram fotografar, está encomendado pela Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Luxemburgo e Reino Unido.

Portugal, que mostrou interesse, anos atrás, em adquirir três aparelhos, que poderiam substituir os “C-130H”, desistiu do negócio e perdeu, consequentemente, via OGMA, uma excelente oportunidade de modernizar a sua decadente indústria aeronáutica.

Após um briefing a que se seguiu uma cuidada visita aos vários pavilhões, sempre acompanhados por um alto responsável das EADS e do colega auditor espanhol, os auditores portugueses foram obsequiados com um excelente almoço que ajudou a recuperar as forças numa visita toda ela de grande interesse e significado estratégico.

Agora que os Estados da União Europeia apostam no desarmamento e em que os fundos dedicados à Defesa se mostram cada vez mais escassos, a visita às instalações da EADS em Sevilha serviu para um alerta: sem uma indústria de Defesa própria e que possa concorrer com os EUA, dificilmente a Europa poderá aspirar a ser autónoma na área crítica do desenvolvimento militar de ponta.

Que o futuro seja bem mais sorridente do que as muitas pistas apreendidas em Sevilha parecem, infelizmente, querer indiciar, são os nossos votos.

Cabe aos europeus responderem aos desafios com que se defrontam nesta década de tantas incertezas e de perigos escondidos.

Lisboa, 14 de Maio de 2012


Manuel Alves
Associado n.º 986/95

FOLHA INFORMATIVA N.º 73


CONCLUSÕES DA CONFERÊNCIA AACDN-ADALEDE

No sábado, dia 5 de Maio, deu-se a sessão de trabalho conjunta AACDN-ADALEDE.

O tema proposto pela Delegação Regional Norte da AACDN – e aceite pela ADALEDE - para este primeiro encontro de trabalho foi: “Portugal e Espanha como plataformas europeias para (e da) África e América Latina”

O modelo de trabalho proposto era inovador para iniciativas da Delegação Regional do Norte da AACDN: uma espécie de mesa redonda entre os representantes da ADALEDE, os auditores da AACDN e, por decisão conjunta, alguns cidadãos não-auditores mas interessados nas temáticas que a todos nós devem preocupar, nomeadamente as relativas à da disseminação da cultura de segurança e defesa, e a urgente superação da situação em que nos encontramos.

A metodologia de trabalho mostrou-se muito efectiva tendo permitido uma discussão animada, com diferentes pontos de vista a serem defendidos, e a participação de todos os presentes, sem excepções. Foi possível estabelecer não só algumas conclusões como apontar alguns caminhos para as nossas associações e para a sua cooperação futura.

Aqui ficam as que foram aprovadas como Conclusões desta primeira sessão de trabalhos conjunta:

A crise que afecta os nossos países e, de algum modo, toda a Europa, é grave. Começou por ser financeira. Hoje é económica. Pode – e esse deve ser um eixo e uma preocupação importante em termos de segurança colectiva e defesa nacional – tornar-se em crise social profunda. Há indícios de que tal pode acontecer em breve, com o aumento continuado do desemprego e o fim dos apoios às pessoas e famílias atingidas.

Muito em especial, este desemprego atinge os jovens (quase 50% no caso Espanhol) correndo o risco de se criar uma geração sem horizontes e sem esperança.

Mas estas mudanças levam também a outras mudanças, como noções de regresso à maior importância da célula familiar (com muitos filhos, mesmo casados, a regressarem a casa dos pais), e de modelos de comércio e produção tradicionais. Pode ser o tempo de inverter uma linha que se vem verificando: o de saber o preço de tudo, mas o valor de muito poucas.

O papel das nossas associações, e de cada um dos auditores, é ajudar a construir caminhos. As conclusões deste pequeno debate apontam necessariamente para a cooperação e para o reforço nos eixos da nossa expansão tradicional – América Latina e África (mais focado na África do Norte no caso Espanhol, mais focado na área Subsahariana no caso Português) – como meio de poder construir tais caminhos. Um tempo de regresso às origens.

A promoção das boas relações com estes povos e Estados, as questões da (e) e da (i) migração destes e para estes países, a igualdade de tratamento em termos de cidadania mas também em termos comerciais, são uma parte crítica deste processo de (re)internacionalização. Questões como as da nacionalização da YPF (Repsol) ou das Pautas Aduaneiras completamente desequilibradas entre os diferentes países, mostram como estamos longe de traduzir em realidade a “amizade” declarada.

Cooperar é também pensar e agir em conjunto em vez de ceder à tentação de tudo tentar sozinho. E isto estende-se à urgência de cooperação a nível Europeu em detrimento da sensação de exploração mútua: as desigualdades gritantes, ou o empréstimo de uns Estados a outros a taxas “usurárias” não são sustentáveis.

Estados devem estar mais centrados na vida real. Menos distantes. Devem e precisam apoiar estruturas internas - sociais e empresariais.

Fica como exemplo a seguir o dado pelo Vice-Presidente da ADALEDE: querem chegar a cooperar com a sua congénere Francesa, mas querem fazê-lo em parceria com a AACDN. Ao mesmo tempo, este conceito de cooperação como prioridade, em linha com as tendências e boas práticas mais actuais, de trabalho em rede e de co-trabalho, abrem para as nossas associações um eixo de projectos futuros: a disseminação da cultura de defesa interna passa também por esta noção de que a cooperação é uma prioridade.

Ficou, por fim, decidido que a ADALEDE e a ACCDN deveriam dar exemplo. E por isso ficou decidido que ambas as Associações deveriam tentar transmitir aos respectivos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia, Comércio e Indústria e, eventualmente, da Defesa, estas conclusões. O objectivo é demonstrar que a sociedade civil, os técnicos, os militares, pensam, têm soluções e querem transmiti-las. E devem fazê-lo.


Luis Maia
Associado n.º 673/99

FOLHA INFORMATIVA N.º 72



VISITA DA ADALEDE AO PORTO


A convite da Delegação Regional Norte da AACDN, estiveram no Porto representantes de uma delegação da ADALEDE, numa iniciativa que será com certeza apenas a primeira de uma longa e frutuosa cooperação.

A comitiva espanhola, composta pelo seu primeiro Vice-Presidente, Tenente General Carlos Gómez Arruche, acompanhado pela sua esposa, e vindo em representação do Presidente, Dom Antonio Colino, e pelo responsável pelas relações institucionais, José Maria Ozores Massó, após devidamente instalada, foi primeiramente recebida no Castelo de São João, sede do IDN no Porto. A simpática recepção, um Porto de Honra presidido pelo Professor António Vilar, em nome da Delegação Regional, contou com a presença de auditores de diversos cursos, e com a hospitalidade do Tenente Coronel Lourenço, em representação do Tenente Coronel Veloso, que está à frente da Delegação do IDN Porto, mas que partiu em missão precisamente neste dia (aprontamento para chefiar a missão Portuguesa ao Afeganistão que irá partir no Outono deste ano).

O jantar de boas vindas foi ocasião para boa a animada troca de impressões sobre a situação dos nossos países e associações, bem como para um convívio em redor de alguns produtos portugueses que foram muito apreciados e serviram para compensar a meteorologia adversa deste primeiro dia da visita da ADALEDE ao Porto.

O segundo dia iniciou‐se cedo, novamente no IDN do Porto, com a sessão de trabalho prevista, num seminário‐mesa redonda que teve na mesa o Vice-Presidente da ADALEDE, a Presidente da AACDN, Dra. Isabel Meirelles, e o Presidente da Delegação do Norte da AACDN, Professor AntónioVilar. E foi considerada unanimemente muito produtiva por todos os participantes, e sobre a qual faremos uma nota informativa específica. A sessão estendeu-se por toda a manhã.

O circuito histórico iniciou‐se pela “Ribeira”, coração da zona património mundial e o menu do almoço, num restaurante dos mais antigos da cidade, não poderia ser mais típico: feijoada e francesinha, conforme as escolhas.
Havia, pois, muitas calorias para sustentar uma caminhada que foi longa, e acompanhada de explicações sobre a cidade, a sua evolução e ligação à História de Portugal. Foi um privilégio ser o cicerone deste grupo, composto pela delegação da ADALEDE e da AACDN pelo Porto de Dom Hugo, muralha Fernandina, “ponte das Barcas”, Sé, Pelourinho, Avenida dos Aliados, Torre dos Clérigos, num visionamento cuidado dos azulejos da Estação de São Bento narrando episódios da nossa história e da nossa cultura, até à maravilhosa vista da Serra do Pilar e a visita às caves, num dia em que o sol decidiu marcar forte presença. Foi este conjunto que deixou os nossos visitantes, nas suas palavras, “maravilhados”.

Vímara Peres, D. Afonso Henriques, Egas Moniz, o Bispo do Porto Dom Hugo, D. João I, D. Fernando, o Infante D. Henrique, D. João II, D. Manuel, D. José, o Marquês de Pombal, D. Luis I, Oliveira Salazar ou Ernâni Lopes (negociação de adesão à EU) foram alguns dos nomes de personalidades da nossa história de que se falou ao longo do circuito histórico.

O programa alongou‐se e por isso a visita ao Palácio da Bolsa e à talha dourada da Igreja de São Francisco tiveram de ser preteridas mas, como previsto, tudo terminou num jantar em honra dos convidados. Na realidade ele deu‐se já em horário “espanhol” (eram já mais de 23 horas quando se iniciou) mas isso não impediu que fosse também ele muito animado e de fortalecimento de laços que são já fortes. As instituições são as pessoas e há uma grande vontade de trabalhar em conjunto, havendo já ideia de um seminário, em Espanha, talvez em Novembro.

No domingo o programa foi livre e ficamos satisfeitos por saber que os nossos convidados tiveram a curiosidade de completar o programa do dia anterior. Já noutro edifício com que ficaram muito bem impressionados, o aeroporto Francisco Sá Carneiro, foram sinceros e profundos os seus agradecimentos na hora da despedida.

Até breve.

Luís Maia
Associado n.º673/99